Moçambique prevê atingir meta de cinco mil hectares de mangal 


Data: 13/04/2022

O nosso país prevê atingir a meta de restauração de cinco mil hectares de mangal até ao final do ano em curo, cumprindo desse modo o compromisso assumido em 2017, em Nova Iorque, durante a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos e, igualmente, no âmbito dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, em particular o Objectivo 14, sobre a vida marinha.

Este facto foi revelado pela Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Lídia Cardoso, quando, esta quarta-feira, apresentava o relatório de Moçambique sobre o cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas, no decorrer da 7ª Conferência “Nosso Oceano”, a decorrer em Palau, um pequeno estado localizado na região da Micronésia no oeste do Oceano Pacífico.

O presente fórum anual, que decorre sob o lema “Nosso Oceano, Nosso Povo, Nossa Prosperidade” e junta países e outros actores relevantes na governação do mar, nomeadamente academia, sector privado, organizações não-governamentais e sociedade civil, tem como objectivo passar em revista os vários compromissos voluntários assumidos para reverter o cenário de degradação que caracteriza o oceano, como resultado da acção humana, e o impacto crescente das mudanças climáticas.

Em relação a Moçambique, a ministra Lídia Cardoso, que se faz acompanhar pela Directora Nacional de Políticas Marítima e Pesqueira, Felismina Antia, fez um balanço positivo dos importantes compromissos que assumiu, com destaque para a elaboração do Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo (REJUEM), aprovação da Estratégia de Gestão do Mangal e Plano de Restauração do Ecossistema do Mangal, tendo realçado o facto de o país, neste momento, se situar em 79 por cento de plantio dos cinco mil hectares, referindo que estamos em condições de até ao final do ano cumprirmos integralmente esta meta.
Igualmente, a titular da pasta do Mar, Águas Interiores e Pescas falou do processo, em curso, do aumento das áreas marinhas protegidas, assim como do desenvolvimento da Estratégia da Economia Azul, como um dos resultados da 2ª Edição da Conferência “Crescendo Azul”, realizada em Novembro passado, na cidade de Vilankulo, província de Inhambane.

Entretanto, discursando na cerimónia de abertura do fórum de Palau, o presidente deste país, Tommy Remengesau, apelou ao mundo para prestar mais atenção à ciência, que nos fiz que “a casa está a arder” e que mesmo as águas mais fruas do oceano estão a aquecer e o mundo deve acelerar o passo para salvá-lo.

Para o Chefe do Estado anfitrião da 7ª Conferência “Nosso Oceano”, salvar o oceano é salvar a fonte de oxigénio, de alimentos e de renda para biliões de pessoas em todo o mundo, particularmente as lhas que correm o risco de desaparecer devido à elevação do nível do mar e acidez os oceanos sobre os ecossistemas que sustentam a vida marinha e potenciam o turismo.