Estamos no bom caminho rumo à meta 5 mil hectares


Quando estamos a escassos cinco meses do final do nosso compromisso perante as Nações Unidas [plantio de cinco mil hectares de mangal até 2022], podemos afirmar, categoricamente, que estamos no bom caminho”.

Pronunciadas estas palavras, criou-se suspense na plateia, na expectativa de ver satisfeita a razão do “categoricamente estamos no bom caminho”. E a ministra trouxe os factos, insofismáveis: “Da nossa meta de 5.000 hectares, tivemos um progresso de 4.507,25 hectares de floresta de mangal restaurados, o que corresponde a 90,15 por cento da taxa de realização”.

E continuou, explicando melhor: “Significa, por outras palavras, que até ao final do ano temos a missão de restaurar 9,85 por cento para que efectivamente possamos alcançar, com sucesso e com regozijo perante o mundo, o nosso compromisso de cinco mil hectares”.

E veio a ovação, com rostos a ufanar-se pelo sucesso. Enfim, foi assim, na manhã desta quarta-feira, o tête-à-tête” entre a Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas e a comunidade do Bairro Nkassana, Distrito Municipal KaTembe, local que acolheu as cerimónias centrais alusivas ao Dia 26 de Julho, Dia Internacional para a Conservação do Ecossistema do Mangal.

Lídia Cardoso, juntamente com o Embaixador da União Europeia, António Gaspar, e envolta de dezenas de jovens e adultos, de ambos os sexos, havia, antes, cumprido a jornada de plantio de mangal, simbolizando o epílogo do Programa Nacional de Restauração do Ecossistema do Mangal, mas também o prosseguir da campanha, sem desfalecimentos, rumo à meta assumida por Moçambique, em 2017, no âmbito dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.

A ministra felicitou Maputo (Cidade e Província) por ter atingido uma taxa de realização recorde de 482,89 por cento, assim como Sofala, com 109,11 por cento, mas, igualmente, mostrou-se preocupada com o baixo nível de progresso de algumas províncias, “daí a necessidade de continuarmos a acelerar o passo para que, nos próximos cinco meses, seja possível atingir a meta”.

Referiu-se, neste aspecto, a Cabo Delgado (10,24 por cento), Zambézia (32,99 por cento) e Nampula (42,67 por cento).

Por isso, para Lídia Cardoso, “é verdade que estamos num momento de celebração e de enaltecer o empenho dos moçambicanos nesta grande causa, contudo, queremos aproveitar a ocasião para, uma vez mais, continuarmos a mobilizar e a chamar a atenção aos nossos compatriotas sobre a imperiosa necessidade de olharmos para a questão do mangal com muita seriedade e responsabilidade”.